Nome

Rute Almeida Gil

Idade

37 anos

Dentro da Delta

Técnica de rotas e planeamentos

 

Quem a vê de segunda a sexta nos escritórios da Delta Cafés, na Amadora, dificilmente adivinha que é bailarina nas horas livres – mas contando, também ninguém estranha.  Rute Almeida Gil, técnica de rotas e planeamentos há quatro anos, contagia pelo sorriso fácil e boa-disposição constante, mesmo durante o expediente. “É preciso levar a vida com leveza”, explica a bailarina.

A paixão pela dança começou aos seis anos, quando se juntou a um grupo de bairro, na Bobadela, dedicado às danças tradicionais portuguesas. Passou os 12 anos seguintes a dançar, em espetáculos de folclore de norte a sul do país, em festas populares de verão e chegou até a atuar na Alemanha e na Bélgica. “Guardo memórias espetaculares.” Quando o grupo se desfez, Rute foi abanar o esqueleto com novos ritmos: da salsa ao semba, do funaná à kizomba. Só perdeu o passo quando já trabalhava na área da organização de eventos, culpa dos horários imprevisíveis. “Senti logo a diferença. Dei por mim com uma vida de casa-trabalho, trabalho-casa.” Mas ao fim de um ano de pausa, voltou com tudo. 

Foi nessa altura que descobriu dois estilos vindos de longe: bellydance e bollywood. “Sempre que via aquelas danças exóticas na televisão, pensava que um dia tinha de aprender aquilo.” Assim foi – e não se ficou pelo que aprendeu. Há coisa de seis meses, viu um espetáculo de sevilhanas da Escola de Dança Ana Köhler, onde também é aluna, e decidiu arriscar num novo estilo. “Achei bonita a música, as roupas, a alegria, e senti o chamamento.” Apesar de se considerar ainda uma aprendiz, Rute diz que se diverte muito nos ensaios – principalmente a fazer cara séria, quando é naturalmente sorridente. Garante que, seja que estilo for, “quem dança é sempre mais feliz”.