O quê
A primeira mesa de análise sensorial
Período
Década de 1970
Onde está
Centro de Ciência de Café
Hoje, pertence ao acervo do Centro de Ciência do Café, na Herdade das Argamassas, em Campo Maior, onde integra a exposição permanente.
O microtorrador de café, visível na parte de cima do móvel, era utilizado no laboratório para controlar a qualidade do café verde que chegava aos armazéns proveniente de fornecedores de um pouco por todo o mundo. Ao contrário dos torradores industriais, com capacidade para 500 quilos, este só dava conta de 100 gramas de cada vez. “Servia para torrar pequenas quantidades de café para depois ser feita uma análise sensorial, de modo a provar a sua veracidade e qualidade”, afirma Pedro Marmelo, um dos baristas do Centro de Ciência do Café. “Este torrador fez parte do processo industrial e do crescimento da empresa e está aqui como referência, por representar um processo que não é visível ao público, mas que existe no laboratório”, acrescenta.
Quando a torra das amostras terminava, inclinava-se o cilindro do torrador para despejar os grãos num recipiente esburacado, de forma a permitir alguma circulação de ar. É provável que, nesse momento, se abrissem as portas do aparador para ajudar ao arrefecimento dos grãos acabados de torrar. O interior do aparador, com duas prateleiras, servia também para guardar as amostras.
A torra do laboratório é diferente da torra industrial não apenas pela quantidade envolvida. O próprio processo é mais leve e aberto: o que interessa, aqui, é revelar todos os sabores, para que se consiga verificar o aroma, a acidez, a intensidade e confirmar a qualidade do café.