São Paulo
Padaria Manhattan

“Assim que vi o nome da avenida, o lugar chamou a minha atenção”, recorda o luso-brasileiro Carlos Gonçalves Teixeira. Ali fica a padaria Manhattan, desde 1994, ano em que Carlos – que os clientes tratam carinhosamente por Carlinhos – comprou o espaço com o irmão, João. Passadas três décadas, a padaria Manhattan, vai já na segunda geração: todos os dias os filhos de ambos vão à padaria para ajudar no negócio da família.

Foi em 1972 que os dois lisboetas emigraram para o Brasil. Eram adolescentes a querer fugir à Guerra do Ultramar. Começaram cedo a trabalhar numa padaria de familiares, também eles emigrados, com quem foram aprendendo até montarem os seus próprios negócios. Carlinhos recorda que, quando abriu a padaria Manhattan, fez do pão a sua prioridade absoluta: “Tínhamos de ter o melhor pão todos os dias e, para isso, era essencial haver um padeiro a trabalhar durante a noite.” O cheiro a pãozinho fresco logo pela manhã causou burburinho no bairro – e o sucesso mantém-se até hoje.

Atualmente há bolos, sopas, pizzas e refeições leves, mas o que mais sai ainda são os pães, em especial aquecidos na chapa. “E isso acompanha sempre bem com um café”, garante Carlinhos. Se o cliente nota a diferença quando o bebe? “Com certeza. Os meus clientes sabem apreciar um bom café: falam logo que é nota 10”, assegura. O empresário vai mais longe e conta que, quando lhe elogiam o sabor do café, faz questão de explicar que vem de Portugal, onde é torrado. “Acabo por dar uma aula sobre café. É um prazer ter Delta na padaria.”