O quê

Contrabando – Rotas do Café

Quando

2015

 

O contrabando de café foi um recurso muito utilizado pelos habitantes de Campo Maior quando a pobreza grassava na região. Durante a noite, era comum os contrabandistas passarem para um lado e para o outro da fronteira com sacas de café às costas, tentando fugir à Guarda Fiscal e, através da venda do produto, garantir o seu sustento. Essa memória, que hoje parece distante, foi recordada num jogo de tabuleiro, editado em 2015 com o apoio da Delta Cafés, intitulado “Contrabando – Rotas do Café”. 

Da autoria de Hugo Morango, antropólogo responsável pela Folk Wild, uma empresa que se dedica a trabalhar o património de forma criativa, o jogo põe frente a frente, num tabuleiro que reproduz o mapa da raia campomaiorense, diversos jogadores que controlam, ao mesmo tempo, contrabandistas e patrulhas da Guarda Fiscal. O objetivo é, ao longo de três noites, conseguir chegar a Espanha com uns e utilizar os outros para intercetar os contrabandistas dos adversários. As cargas de café valem pontos e quem conseguir mais pontos vence o jogo. Pelo meio, há esconderijos, fases da lua e até o caudal do rio Xévora a ter em conta.

Para a criação deste jogo, cuja parceria com a Delta aconteceu por iniciativa de João Manuel Nabeiro, foram entrevistados alguns ex-contrabandistas e ex-guardas da região, pelo que tudo o que ali acontece – incluindo as habilidades proporcionadas pelas chamadas cartas de ação – têm uma ligação com a realidade. “Contrabando – Rotas do Café” está disponível no Centro de Ciência do Café.