Vários caminhos eram possíveis. A RISE Delta Q with Starck podia ter sido desenhada em Portugal e fabricada no estrangeiro – como acontece, por exemplo, com os iPhones “designed by Apple in California, assembled in China”. Ou a montagem dos componentes podia ter lugar na fábrica de Campo Maior  – como acontece noutras máquinas de café industriais e domésticas do universo Delta. Mas nem uma nem outra foi a via seguida pela Diverge.

Tudo isto representou um processo desafiante, a vários níveis. E no centro de todas as decisões, processos e interações esteve a unidade de inovação do grupo Nabeiro – quer junto dos parceiros de produção externos, na validação passo a passo do processo da linha de montagem, quer internamente, onde foi também sua a responsabilidade de formar as equipas do call center e do repair center.

Para produzir os copos furados na base, por exemplo, foi necessário criar primeiro a tecnologia que o possibilitasse. No caso da máquina, até um braço robótico foi desenvolvido de propósito. Depois, a pandemia não só dificultou a procura por fornecedores e parceiros em quem a equipa da Diverge confiasse, como constituiu um desafio acrescido pelos constrangimentos no transporte de materiais, pela escassez de componentes eletrónicos e ainda pelo impacto que as diferentes vagas tiveram na força de trabalho, com óbvias repercussões na linha de produção. 

Foi então necessário reinventar o processo produtivo, o que pressupôs não apenas o desenvolvimento e a produção da máquina em si, mas também tudo o que lhe está associado, como o processo de testes de stress e de utilização intensiva a que a máquina foi sujeita para avaliar a sua durabilidade, resistência e antecipar potenciais constrangimentos.

No caso dos copos, foram desenhados de raiz os testes que avaliam a sua durabilidade, o comportamento ao longo do tempo após utilização e lavagens, o impacto do armazenamento de longa duração, quedas, transportes, vibrações e variações de temperatura. Foi também um desafio para as entidades certificadoras parceiras neste projeto, uma vez que no âmbito de home appliances (eletrodomésticos), tiveram de avaliar, testar e certificar um sistema até então não existia. 

Resolvida a questão da industrialização da máquina e dos copos, a Diverge enfrentou ainda o desafio de procurar uma solução de packaging que estivesse em linha com a promessa da máquina. O resultado está à vista, perfeitamente ao contrário.