Aqui há-os de todo o género e feitio: marroquinos, turcos, alemães, franceses, italianos, holandeses, elétricos, manuais com manivela horizontal, outros com manivela vertical, e até do estilo D. Maria II. A coleção de moinhos de café do Centro de Ciência do Café conta já com 177 exemplares de diferentes períodos e origens, muitos dos quais da marca Peugeot. Essa mesma, a dos automóveis. “Porque antes de fazer carros”, começa por explicar a museóloga Cristina Gameiro, “a Peugeot fabricava máquinas de costura e moinhos de café”.

Uma parte significativa do acervo do Centro de Ciência do Café – que procura divulgar a cultura do café e espalhar o conhecimento – tem origem numa pesquisa exaustiva que o Grupo Nabeiro foi fazendo, através da qual foi possível adquirir muitos dos objetos em exposição. “Alguns, uma minoria, foram oferecidos”, acrescenta Cristina. 

A constituição da coleção precede a inauguração do Centro, em 2014. Precede até a do Museu do Café, inaugurado em finais de 1994, embora peças adquiridas em anos mais recentes integrem também a coleção, que tem sido construída ao longo do tempo. “Quando o Senhor Comendador começou a idealizar o museu, não era só o seu acervo e o da Delta Cafés que ele tinha em mente. Também pensou em adquirir outro tipo de objetos e peças, de modo a enriquecer o espaço.” Como, por exemplo, 177 moinhos de café.

Nas próximas páginas desvendamos 12 moinhos da colecção, cada um mais diferente do outro. Os restantes 165 estão em exposição permanente no Centro, que pode ser visitado todos os dias das 10h às 18h (sábado e domingo só até às 14h).