O quê

O primeiro torrador elétrico do CCC

Quando

2017

Onde

Centro de Ciência do Café

 

A alemã Neuhaus Neotec desenvolveu este pequeno torrador elétrico a pensar em cafés e lojas. Isto é, a pensar em produções de pequena escala, até um quilo de cada vez. Mas mais do que a quantidade da torra, importa destacar como é que ela acontece – à frente dos clientes, num ato performativo, hipnotizante para os amantes de café.

Graças às câmaras envidraçadas, o que costuma estar escondido por camadas de metal está aqui à vista de todos. Pedro Romão, barista no Centro de Ciência do Café, em Campo Maior, explica o processo: “Colocamos o café verde no funil metálico que está no topo. Depois damos a ordem de torra e o café cai no cilindro de vidro, onde acontece a torra. À medida que a torra se processa, o grão vai mudando de cor, perde humidade e ganha volume. Primeiro fica amarelado, depois cor de canela e só então ganha a sua cor final, que depende do tipo de torra e da origem.”

O CCC adquiriu o torrador há cerca de cinco anos. “Quando aqui chegou, ainda não tínhamos a marca Alquimia [que vende café de especialidade]. Só torrávamos café comercial. Íamos buscá-lo à fábrica”, conta, referindo-se à Novadelta, no edifício ao lado.

Pelas suas dimensões, é uma máquina versátil. E as rodinhas nos pés dão-lhe a mobilidade que se revelou útil quando o Grupo Nabeiro quis dar-lhe uma nova vida. “O Neuhaus Neotec foi reformado do CCC e hoje é usado em feiras e eventos públicos, porque embora seja pequeno, o torrador liberta imenso aroma que se espalha pelo espaço, o que atrai muita gente.”