Nas últimas duas décadas, a internacionalização passou a ser encarada de forma mais estruturada e como uma prioridade. Muitas milhas aéreas acumuladas depois, estamos no novo escritório do Departamento Internacional, em Lisboa, o quartel-general da expansão no estrangeiro, onde se encontra a estrutura comercial que coordena com mais de 40 países, vários distribuidores e muitos parceiros.

Diversificar

“O que nos moveu na internacionalização foi a diversificação do portefólio. É uma tecla em que bato muito, porque acho que uma empresa para ser sustentável tem de diversificar o seu nível de risco. É por aqui que temos de ir. Se queremos, e ambicionamos hoje, integrar o top 10 mundial, não vamos chegar lá apenas com Portugal.”

Boas surpresas

“A maior surpresa foi a Suíça. Eu tinha dúvidas. Dizia: ‘Então vamos entrar no mercado do maior player do mundo, que é a Nestlé?’ Mas o meu avô acreditou imenso no potencial do negócio suíço. E, passados apenas dois anos, estávamos a fazer o break even. O nosso principal mercado fora de portas é Espanha. Angola vem em segundo lugar. França, Luxemburgo e Suíça fecham o Top 5.”

Rise… até Paris

“Planeamos colocar a Rise delta q with Starck em França até ao fim do ano. Será o primeiro mercado internacional para a nova máquina, até pela afinidade com o próprio Philippe Starck, que é francês. Também estamos perto de fechar o acordo para abrir uma loja Delta The Coffee House Experience numa localização super premium em Paris. Deverá ser a segunda, depois de Madrid.”

 

Viajar

“Desde a pandemia tenho viajado muito menos, mas gosto muito de ir às delegações. Este ano estive em França e no Brasil. A Espanha vou continuamente. Mas nunca me senti expatriado. No início da carreira vivi em Madrid uns meses, mas foi o máximo que estive fora, até porque gosto muito do nosso país, adoro viver cá – e quanto mais vou conhecendo do mundo, mais gosto disto.”

A base de Campo Maior

“Temos o negócio internacional alicerçado de modo a nunca pôr em risco o Grupo Nabeiro. É em Campo Maior que temos a nossa fábrica. Estamos a investir para aumentar a sua dimensão e dotá-la de capacidades que garantam o futuro em mercados internacionais, porque queremos continuar a crescer a bom ritmo. A área internacional já vale 30% da faturação do grupo, e diria que 50-50 seria o peso ideal.”