Nos arredores da cidade de Luxemburgo há sabores tradicionais da região da Beira Baixa, mais precisamente de Ladoeiro, Castelo Branco, de onde é natural José Maria Antunes Marques. O beirão emigrou para o Luxemburgo em 1995, onde trabalhou mais de uma década em restauração, sempre com a ideia de, um dia, abrir um negócio próprio. Em dezembro de 2013, esse dia chegou – e foi fácil decidir o nome a dar ao restaurante.

O Beirão é o mais português possível, começando pela equipa e terminando no café. Na carta, o destaque vai para o arroz de tamboril, as cataplanas de peixe, a posta de bacalhau com broa e o tradicional polvo à lagareiro. O toque especial é da cozinheira Vanessa, que está prestes a completar dez anos de trabalho nesta casa. “Já lhe prometi um relógio para assinalar a data”, garante. E o caso não é para menos, já que o restaurante tem sido mencionado nos últimos quatro anos consecutivos no guia Gault&Millau, “uma espécie de guia Michelin alternativo, em francês, que não atribui estrelas mas pontos”, explica, e bem, o responsável pela casa.

No que aos vinhos diz respeito, a premissa mantém-se: é tudo made in Portugal. A garrafeira soma mais de 200 referências, com garrafas que custam desde 30€ até 1200€. “Temos tantos vinhos bons, que não precisamos de ir buscar a outros lados”, garante, com orgulho, o proprietário do Beirão. É o caso dos vinhos Adega Mayor: “O que mais sai aqui é o Reserva do Comendador.” Quanto ao café, é o lote Diamond que se bebe no restaurante. “É mais caro, mas compensa”, já que este é, segundo José Maria Antunes Marques, “o melhor dos melhores cafés”.